O que aprendi com Robinson Crusoé, ou: sinais de Deus

Um relato de uma coincidência da vida oportuna em cada gesto natural de Deus.

A primeira coisa que aprendi com Robinson Crusoé foi a não temer a paciência em trabalhos manuais árduos (tema de outra prosa) e sigo até hoje com esse personagem na cabeça. Ainda bem, né! Ler, reler e elaborar atividades sobre algo que não se gosta é bastante ruim.

Hoje a aula de Literatura versou sobre a leitura realizada da obra Robinson Crusoé. Estávamos discutindo aquela parte do livro em que o personagem nos conta sobre como lidou com o desespero e solidão durante seus longos anos como náufrago. Na história, o rapaz fala como sobreviveu em uma ilha desabitada por quase três décadas após o naufrágio de sua embarcação em 1659. 

Uma das estratégias para não enlouquecer foi criar uma rotina de trabalhos (3h por dia para atividades físicas, sol e caça e parte do dia para criar roupas, móveis e utensílios domésticos) e orar. Como ele conseguiu resgatar do navio naufragado um livro devocional, que na adaptação da escola é a Bíblia, lia todos os dias trechos desse livro e por isso foi criando um acalanto de fé e otimismo. Ele fez, antes de a tinta e papel acabarem, uma lista de males e bens que deixo um print ao final desse texto. Desde a primeira vez que li essa obra, criei essa mania da lista. Um excelente aprendizado!

Retomando à aula de hoje: quando eu estava falando que a leitura de religiosidades ajuda a manter o espírito confiante e esperançoso, que no livro o personagem se apega muito a Deus como fonte de fé para sobreviver e bons pensamentos, uma pomba entrou voando na sala de aula. Achei lindo depois do susto. No momento em que eu falava de Deus para mais de vinte crianças, essa entrada magnífica aconteceu. Após voar toda a sala, a pomba pousou na minha mesa e deixou um galho que carregava no bico. Depois disso, saiu voando novamente e sumiu no céu azul-claro e frio desse outono do cerrado.

Como agradeci! Alunos comentaram que isso era Deus e confesso que era esse meu pensamento.

Que manhã esperançosa!

Apesar de não ter sido uma aprendizagem esse episódio da pomba, ele me veio como uma confirmação: falar de amor e construção de bons pensamentos, falar de Deus, é algo tão importante e soberano que Ele me mandou tal sinal. Imagino que estou no caminho certo e só posso concluir uma coisa: quem inventou a arte literária só pode ter sido um enviado de Deus. Graças ao Criador e a toda Providência!

DEFOE, Daniel. Robinson Crusoé. Tradução e adaptação Marcia Kupstas, 1ª ed. São Paulo: FTD, 2019.

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